top of page

​Constelando o amor que nos une depois da morte.....

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O sistema familiar ao qual pertencemos atua como uma rede de energia ou “campo” em que tudo e todos estão profundamente entrelaçados. Cada família tem o seu "campo de ressonância" próprio, o que pode ser definido como “alma da família”. Sempre que acontece numa família um evento agradável ou dramático, seus participantes estarão envolvidos física, emocional e espiritualmente.Quando uma família tenta esconder alguma coisa, um evento criminoso ou traumático, algo desonroso que provocou um profundo sentimento de vergonha e tristeza, essa dor escondida forma a base de um “legado familiar”. Ao tentar excluí-lo ou escondê-lo, o fato toma força e será herdado pelas gerações futuras, que vivenciarão (inconscientemente) a dor dos excluídos, numa tentativa de compensar o sofrimento dos que foram excluídos pela família. Estes "legados" são preservados nas almas dos indivíduos pertencentes à família e na alma da família em forma de memórias coletivas que se repetem muitas vezes dramaticamente idênticas. As datas e a forma do sofrimento ocorrido muitas gerações atrás, são revividos por um bisneto ou uma sobrinha neta que, para “compensar a dor no campo da família” repete a dor do excluído ou do “segredo de família’”. Como exemplo, podemos citar famílias onde várias pessoas morrem de câncer, ou aquelas onde a cada dois anos acontece uma morte ocasionada por acidente no trânsito ou ainda aquelas onde muitos são bipolares ou psicóticos.Cada família tem sua própria lealdade interna distinta e seu sistema de acerto de contas, e estes servem para equilibrar a dor familiar e para manter "as coisas no lugar". Deste modo a família pode decidir quem manter ou excluir, afastando qualquer coisa que faça a família se sentir em culpa, em perigo ou com um sentimento de vergonha. Quando um grupo familiar viola uma das leis básicas do campo sistêmico, excluindo um membro do grupo ou escondendo um fato importante, tenta evitar responsabilizar-se pelo fato ou viver sentimento de culpa. Mas nada fica sem compensação – absolutamente nada!

 

O sofrimento causado a algum membro da família pode reaparecer em outro momento, e em outra geração que nem conheceu os parentes ou ignora totalmente os fatos. O que a memória da família busca é o equilíbrio do “campo sistêmico”, ou seja, compensar os sofrimentos que continuam a desequilibrar o sistema daqueles indivíduos. Cada membro de uma família tem importância, mas o campo que os une e lhes deu a vida é mais importante que casa indivíduo. Desta forma, cada geração que nasce, busca inconscientemente compensar as dores dos antepassados e utilizar seus talentos. Alguns legados e heranças podem se tornar a maior força motriz na família, fazendo o seu caminho através de muitas gerações, por vezes, de uma forma devastadora, como em casos de violência física ou sexual, ou em casos de abortos, suicídio ou assassinatos.Com a terapia de “Constelações Familiares” essa harmonia é restabelecida proporcionando paz e alívio a todo o sistema da família em questão. Com consciência, amor e utilizando os rituais de inclusão de quem está excluído, pois todos têm o igual direito de pertencer, o sistema fica muito leve. Para encontrar paz e felicidade em nossas famílias, devemos reconhecer a lei que se refere ao equilíbrio entre dar e receber, e respeitar a hierarquia de tempo: os mais antigos vêm primeiro e os mais novos vêm depois. Quando essas regras ou leis são vividas no sistema familiar, será deixado um “legado” leve para os futuros integrantes. Isso significa – saúde, alegria e paz para as próximas gerações.

 

Tania Rocha

Facilitadora de Psych-k e Constelações Familiares

O trabalho de constelações familiares é um trabalho de reconciliação,
reintegração e harmonização dos membros de uma família.
 
O trabalho das Constelações Familiares demonstra que não há espaço para pessoas excluídas. A atitude comum que geralmente as famílias assumem perante a sociedade e dentro delas mesmas, de ter uma “postura social” onde fatos como abortos, amores traídos, filhos abandonados, tios esquecidos, etc., são escondidos no porão, não podem ser escondidos do Sistema Familiar e isso leva um outro membro da família a querer resgatar a dor da exclusão em nome de quem deveria ter feito isto antes. Este membro age simplesmente por amor, assim como o membro que excluiu anteriormente foi levado também pelo sistema a ter esta atitude. Não existem culpados.A terapia de Constelação Familiar está plenamente de acordo com as teorias da física quântica e da biologia, onde se mostra que toda a humanidade e em especial os membros de uma família, formam na verdade um único todo indissolúvel. Somos pequenas células de um único organismo e a ideia de que existe separação entre eu e o outro é apenas uma ilusão dos nossos sentidos físicos.
 
 
Violência Intrafamiliar: uma visão transgeracional
 
 
 
 
 
 
 
 
O aprendizado de meninas e meninos acerca de seus papéis é um fator de risco importante para a violência. A tendência natural de uma criança é responder às situações vividas de acordo com seus modelos. Assim, se possuírem um modelo de interação violenta irão aprender também a serem violentas. Uma vez internalizados, estes aprendizados são incorporados na escala de valores do indivíduo determinando sua forma de enfrentar as expectativas sociais, sendo isto específico para cada sexo.Nas famílias com histórico de violência existem idéias que são sustentadas através do discurso do abusador, da pessoa que sofre a violência e das pessoas de fora da família que convivem com a mesma. Idéias que não são questionadas, o que faz com que tenham um forte impacto no sistema familiar como um todo.Na violência familiar produzem-se circuitos de repetição de padrões de interação nos quais participam pelo menos três diferentes instâncias: o abusador, a pessoa abusada e o contexto reforçador. Cada uma destas instâncias possui uma lógica de pensar e agir que muitas vezes contribui para a negação dos atos violentos na família. Para o abusador, os componentes mais freqüentes desta lógica são: sente-se vítima de algo que seu companheiro faz, não é empático com os outros membros da família, supõe que são os outros, principalmente a pessoa abusada que deve se conter; acha que se encontra em uma posição hierárquica superior, etc.
 
Coerentemente a estas idéias age gritando, humilhando, não agradecendo, batendo, etc, não percebendo sua conduta como violenta. Conseqüentemente, a violência passa a ser vista como natural neste ambiente. Já para a pessoa abusada, os componentes que estabelecem uma lógica para a violência, impedindo-a de percebê-la são outros: não se vê como importante nas suas relações, tem baixa auto-estima, desconhece seus direitos, acredita que o abusador é dono do saber, etc. A partir desta lógica conduz-se de forma a sustentar, apoiar e cuidar do abusador. Estudo recente revelou que mulheres violentadas possuem uma baixa percepção da violência, não reconhecendo muitos mal tratos vividos como atos violentos. É este funcionamento complementar entre abusador e abusado que sustenta a violência intra-familiar, permitindo que esta situação se repita. Como conseqüência, os filhos vivem e aprendem que a violência faz parte de uma rotina aceitável, levando-os a repetir este mesmo padrão quando adultos em suas próprias famílias.
 
ANA BEATRIZ PEDRIALI GUIMARÃES - SILVIA BRASILIANO - Patrícia Brunfentrinker Hochgraf
 
 
 
A TRANSMISSÃO TRANSGERACIONAL FAMILIAR
 
 
Estudos que abordam a repetição de histórias vivenciadas pelas famílias de origem, e que são transmitidas ao longo das gerações, trazem algumas problemáticas no que se refere a conteúdos disfuncionais não elaborados pela família. Uma destas problemáticas se refere ao surgimento do adoecimento psíquico em um ou mais membros da família, sendo perpetuado por gerações. O grupo familiar é composto a partir do casal, e a partir daí ocorre uma interação entre várias pessoas e diversas gerações, construindo-se assim um caminho para transmissão psíquica. As mudanças nos sistemas de transmissão psíquica e socioculturais, assim como suas feridas, trazem um lado negativo, que é aquilo que fica oculto, não dito ou “mal dito”, atravessando as gerações em um processo transgeracional. Quando é marcada pelo negativo, observamos que o que se transmite é aquilo que não pode ser detido é o que não encontra registrado no psiquismo dos pais e é depositado no psiquismo da criança: os lutos não realizados, os objetos desaparecidos sem traço nem memória, a vergonha, as doenças e a falta.
 
Para Piva o processo da transmissão constitui-se em uma obrigação de trabalho psíquico, tanto para o indivíduo, quanto para o grupo, e desenvolve-se através de um trabalho de elaboração, de ligação, na medida em que uma geração consegue transformar aquilo que recebe, apropriando-se do herdado, desde sua própria vivência e perspectiva. Este processo permite que cada geração possa situar-se em relação às outras, bem como inscrever cada sujeito em uma categoria como pertencente a um grupo, dono de uma história e de um lugar. Porém, quando o herdado é apenas acatado, sem elaboração, tem grande chance de cometer à repetição. Partindo-se desta ideia, o presente estudo acerca da problemática apresentada fez-se importante no sentido em que objetivou conhecer, sob o olhar transgeracional, os padrões comportamentais transmitidos entre as três gerações de uma mesma família, que podem influenciar no seu adoecimento psíquico.Além da estrutura familiar, também acrescenta importantes conceitos, como os subsistemas, fronteiras e hierarquias. Cada indivíduo na família pode tomar parte de diferentes subsistemas de acordo com as funções que exerce, como por exemplo, o subsistema conjugal, formado pelo casal, na função de marido e mulher, parental, na função de pai e mãe, e o subsistema fraternal, constituídos pelos filhos na relação entre irmãos. Estes subsistemas se organizam através de fronteiras, tendo a função de proteger a diferenciação dos sistemas, definindo quem participa, quando e de que forma. No decorrer do ciclo vital, os diferentes papéis podem ser vivenciados, como por exemplo, o papel de filho, de irmão, de cônjuge, de pai, etc.
 
Estudar os fenômenos identificados no processo de perpetuação familiar é também fundamental para o entendimento do funcionamento e da dinâmica das relações familiares. Assim, a transmissão familiar é definida por Wagner e Falcke como uma forma de estudar diferentes padrões familiares que se repetem de uma geração a outra, mesmo sem a compreensão das pessoas envolvidas. Este padrão é definido a partir dos legados, valores, crenças, segredos, ritos e mitos que se perpetuam e fazem parte da família. Cada família traz consigo um mandato transgeracional cujo patrimônio ou legado compreende tanto elementos positivos quanto negativos. O patrimônio ou legado é o mandato transgeracional que transita entre as gerações, na dimensão psíquica, e que, na maioria das vezes, se passa em nível inconsciente. A herança recebida de uma geração cria obrigações em relação ao seu doador. Nesse sentido, o legado seria transmitido de forma positiva, assegurando a sobrevivência da família e da espécie. O aspecto negativo do legado seria aquela em que o patrimônio é sobrecarregado de conteúdos disfuncionais.
 
Cristiane Félix da SilvaSilvia Pinheiro Dutra
 
 
CURANDO AS FERIDAS DO ABORTO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Até meus 38 anos, isto é 15 anos atrás, eu era, como a grande maioria da nossa sociedade, totalmente ignorante no que diz respeito ao aborto. Somente com a entrada da Constelação Familiar na minha vida, pude começar a perceber os efeitos que um aborto causa para o próprio feto, para os pais e para toda a família. Quando tive a oportunidade de reviver dezenas de casos de aborto - inclusive alguns meus - através das Constelações Familiares pude sentir o quanto aquelas "almas" ainda estavam ligadas a seus pais. No meu caso particular, pude sentir cada uma delas e pude finalmente me reconciliar com as mesmas e, por conseguinte com o meu próprio coração. Caso você tenha provocado algum aborto, aproveite a leitura desse artigo para incluir esse ser abortado no seu coração e curar assim essa ferida que provavelmente ainda está aberta no seu peito. Bert Hellinger, o criador da Psicoterapia Sistêmica Fenomenologia, conhecida também como Constelação Familiar Sistêmica, não tem nenhuma vinculação religiosa, mas é a meu ver um ser religioso que busca a espiritualidade em cada fenômeno que a ele se apresenta. Ele teve "insights" preciosos a respeito do aborto e suas consequências.Tomei conhecimento das Constelações Sistêmicas através de uma amiga alemã - a terapeuta Mimansa que desde cedo vem acompanhando o trabalho de Bert Hellinger e suas descobertas incrivelmente reveladoras.
 
Quando vi pela primeira vez a colocação nas Constelações de filhos abortados, pude perceber que o mal maior é causado não somente pelo ato de abortar, mas pela exclusão e tentativa de esquecimento daquele filho rejeitado. Os pais, principalmente a mãe, ficam ligados sistemicamente a esse filho abortado e mesmo negando a sua existência, inconscientemente eles estão conectados ao mesmo. E o que é mais grave, os pais olham na direção dos filhos mortos prematuramente e inconscientemente dizem: "eu sigo você meu filho querido". Isso significa que eles iniciam uma caminhada na direção à morte, ao fracasso, à doença ou à separação.Os filhos vivos por sua vez, sentem a "ausência" dos pais e percebem, inconscientemente que um deles, ou os dois, querem desaparecer. O olhar dos pais fica perdido no horizonte. Então, por amor, os filhos vivos dizem internamente: "Antes eu do que você, querido pai ou mãe". E se esse desejo inconsciente de substituir os pais na caminhada em direção à morte não for interrompida, pode ocasionar uma seqüência de mortes e/ou doenças, geração após geração, até o momento que tudo isso seja trazido à luz. E esse padrão destrutivo será interrompido quando pudermos incluir no coração todos os que morreram, foram excluídos ou esquecidos, inclusive os filhos abortados. Bert Hellinger em seu livro "A fonte não precisa perguntar pelo caminho" nos elucida essa questão do aborto: "Crianças abortadas têm sempre um efeito especial para seus pais. Nisso existe, frequentemente, a dinâmica de que a mãe ou o pai dessa criança abortada queira segui-la, também, na morte. Ou expiam, quando mais tarde não se permitem estar bem, por exemplo, não têm ou não encontram mais um outro companheiro. Ou, se têm um relacionamento, se separam. Isso seria muito pior para a criança abortada se soubesse do efeito do seu destino". Em outro parágrafo Bert fala da reconciliação e da cura: "A dor e o amor reconciliam a criança com o seu destino". Por outras palavras:
 
É necessário assumir a dor e a responsabilidade ou sentimento de culpa para que o amor suprimido volte a fluir na interação com o filho abortado e na vida dos sobreviventes. Toda essa compreensão me ajudou a curar feridas de peso e culpa que eu carregava comigo. Os passos que dei são os mesmos que qualquer pessoa pode dar: reconhecer os abortos, incluir meus filhos abortados no coração; reverenciar as mães ou os pais e assumir a sua parte da responsabilidade. Pude, durante e depois de cada vivência, sentir o amor expandindo no meu coração, uma leveza e um desprendimento que invadiu todo o meu ser. Bert também nos dá dicas preciosas de como continuar nosso processo de cura, ele diz: "E é importante que a força que vem da culpa possa fluir para algo bom em homenagem a essa criança, por exemplo, no cuidar generosamente de outros. Isso atua de volta na criança. Então a criança não se foi. É acolhida novamente pelos seus pais, participa de sua vida e fica reconciliada. Isso seria uma boa solução para todos". Caso você tenha problemas de fracassos, depressão, acidentes frequentes, e qualquer sentimento que lhe leva em direção à morte, procure um terapeuta de Constelação Familiar na sua cidade e comprove o poder de cura do trabalho sistêmico.
 
Guilherme Ashara
 
 
Pedagogia Sistêmica: sem raízes não há asas
 
 
O sonho que marcou a diferença na educação. A Pedagogia Sistêmica inicia-se no ano 2000. Um novo enfoque, num novo milênio que se baseia no natural da vida e nos elementos que anteriormente não tinham sido observados dentro de um sistema que está inter-relacionando-se totalmente, um com outro. Refiro-me ao sistema educativo, ao sistema familiar e ao sistema social.Como menciona Marianne Franke Gricksch, em 2006 a transferência da visão sistêmica da terapia familiar para a docência, permite perceber as pessoas não como indivíduos isolados, mas como parte de uma estrutura inter-relacionada. Hellinger assinala que, a nível subconsciente, participamos na trama familiar e de seu destino coletivo. As constelações familiares permitem revelar o fato de que fazemos parte de uma grande alma que compreende a todos os membros da família, sujeitos a um ordem essencial. Tem-se que encontrar e respeitar tal ordem para que encontremos nosso lugar dentro da nossa família, respeitando o destino dos outros membros dessa família. O respeito e o amor à família não são um sentimento, constituem uma postura baseada em princípios que geralmente não é consciente. Nossa inclusão nessa grande alma é um senão, e nós nos encontramos sujeitos ao nosso destino familiar. Nisto se baseia o enfoque sistêmico-fenomenológico.
 
A visão da Pedagogia Sistêmica é belíssima, porque vê nas atitudes disfuncionais dos alunos, somente uma mostra profunda de amor; uma lealdade incondicional ao pai, uma lealdade incondicional à mãe. A última oportunidade que temos como pais de família, de participar de maneira poderosa e eficaz na vida de nossos filhos é na adolescência; e hoje, os filhos, os alunos, precisam muitíssimo dos adultos, precisam de uma participação afetiva e generosa, desde declarar que o processo educativo se leva a cabo, principalmente, através do trabalho dos pais; neste ponto, baseia-se a diferença. Que se requer? Firmeza e Sensibilidade. Essencialmente, como professores, precisamos tomar nossos pais em nosso coração, e daí, se abre a sensibilidade, mas junto com a sensibilidade, uma outra ferramenta fundamental, é a firmeza. Não é uma ou a outra, são as duas juntas. Amor claro e reconhecimento de limites.Na Pedagogia Sistêmica recuperamos a alegria por viver, e é a força que levamos a aula.Imaginemos os professores usando o amor que lhes é comum, porém tomando a força de seus próprios pais, e daí fluindo para seus alunos; e imaginemos o amor dos pais de seus alunos fluindo através deles; isso é poderosíssimo. Toda a diferença é educar no amor, fluindo desde a ordem. Sem ordem, não flui o amor; não tem a mesma força e, portanto, o mesmo impacto;
 
O AMOR DOS PAIS FLUINDO NOS FILHOS É A FORÇA NA EDUCAÇÃO.
 
Escrito por Angélica Olvera (CUDEC)
www.institutohellinger.com.br/
 
 
Transtorno Bipolar na visão da constelação familiar
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O transtorno Bipolar é um transtorno caracterizado por dois ou mais episódios de alteração do humor onde o nível de atividade do sujeito está profundamente perturbado, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação patológica do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento patológico do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). Para Bert Hellinger o distúrbio bipolar é uma doença sistêmica ou seja, encontra-se no campo familiar do paciente. O bipolar identifica-se com algum caso muito grave de assassinato, morte ou tragédia acontecidos em sua família.
 
A questão é que o Bipolar identifica-se tanto com a vítima quanto com o agressor. Adota os sentimentos tanto do inocente como do agressor e ambos ficam conectados em seu ser. Apesar das duas consciências estarem conectadas não significa que elas estão conciliadas. É daí que surge o conflito, e este conflito fica "vibrando" com duas consciências opostas, que não são suas. Então passam a ser três consciências em uma única pessoa. É difícil uma pessoa suportar essas consciências e quem chega a esse limite, podemos considerar "trifásico". São os casos mais graves de bipolaridades. Num dos polos ou das fases há uma tendência ao suicida, que as constelações podem auxiliar, desde que o cliente se entregue e queira se curar.
 
www.claudianetavares.com
 
 
Casamento e constelação sistêmica
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-
Sabe o que é?
- Não.- Na realidade, meu marido não presta. Quase não traz dinheiro, vive enfurnado na saia de alguma sem-vergonha.
- Mas você veio trabalhar ele ou você?
- Eu quero uma solução para mim.
- E o que você tem feito para solucionar? Pediu a separação?
- Não, eu não quero isso. Sabe, os filhos... E na verdade, eu queria que ele voltasse a ser o homem que era, quando começamos.
- E como ele era?
- Ah, bem diferente! Trabalhava muito, era responsável, chegava cedo em casa. Um exemplo!
- E quando isso mudou?
- Aconteceu alguma coisa na vida de vocês?
- Não, nada de mais. Tivemos os filhos, primeiro o Carlos, depois a Clarice, e ele foi mudando.
- Aconteceu algum fato marcante? Alguma morte de alguém próximo, uma doença grave, um acidente, uma amante dele ou de você...
- Não, o que é isso! Nós éramos muito felizes, sim! Até o aborto, nós éramos inseparáveis!
- Ahhh....
 
Esta cliente é um exemplo muito comum em casos de constelação. É muito comum um acontecimento que simboliza o início da desestrutura do relacionamento, como foi o aborto. Não foi o que ela falou que fez chegar a conclusão que o aborto provocou a mudança de comportamento no marido. Em constelação, não existem causas. Os acontecimentos são somente fatos que sinalizam uma tendência. No caso, o aborto sinalizou a tendência que o marido tinha de isolar-se da família. Esta tendência já fazia parte do sistema familiar dele. Fizemos a constelação com a cliente, e muitas outras tendências foram verificadas, a ponto dela perceber que, ao mesmo tempo em que o marido ia se afastando do casamento e perdendo a responsabilidade pela família, ela ia assumindo a responsabilidade e tratando o marido mais como um filho problemático do que um marido. Num casamento, as tendências se completam, e se esta tendência está baseada no sofrer, tanto um quanto outro irão sofrer.
 
O foco desta cliente estava preso em outro sistema (da família dela) que a fazia também sentir-se mal amada e rejeitada, não importando o que o marido fizesse. Ambos sofriam, e neste contexto, não existe a menor possibilidade de voltar a felicidade. Um dos pilares do equilíbrio sistêmico que mantém um casamento coeso e de crescimento mútuo é o equilíbrio entre o dar e receber. Tanto o marido, como a mulher, necessitam de dar e receber, em todos os sentidos. Sexual, carinho, responsabilidade, comprometimento, broncas... Quando um dos dois dá, imediatamente quem recebeu se torna devedor, e sente a necessidade de devolver. Esta troca de posições entre dar e receber é saudável e natural. Porém, quando existe uma identificação muito grande com o sistema familiar anterior ao casamento, e este sistema provoca um desvio de foco de um dos parceiros, este recebe, mas não está em condição de devolver. E aí o outro dá mais, e este fica mais e mais devedor. A ruptura do casamento é evidente. Para quem não conhece a teoria sistêmica, dizer que um parceiro se identifica com o sistema familiar seu, anterior ao casamento, significa que ele se identifica com uma dor, um abandono, uma sensação de exclusão que ele nem fez parte, presencialmente falando. Pode ser uma segunda família que o pai teve, e ele nem soube, ou um primeiro amor que a mãe teve, e acabou de forma abrupta e tempestuosa, sobrando mágoa para todo o lado... Não importa o fato, e isto é importante ficar claro.
 
Os fatos, dentro de uma constelação sistêmica familiar só servem para sinalizar em qual direção o sistema está empurrando a pessoa. Para dentro do relacionamento ou para fora. Ao identificar, tomar ciência, aceitar plenamente este sistema, o efeito negativo dele perde a força, e possibilita um reencontro muito mais completo entre pessoas que antes não se entendiam, porque, na realidade, não se conheciam. Quando alguém estabelece relacionamento com outro, automaticamente estabelece relacionamento com o sistema familiar do outro. São dois sistemas que se encontram e interagem, e por isso é tão belo o trabalho com constelação, quando percebemos o entendimento e a aceitação mútua, num casamento. O marido olha para o passado e antepassados da esposa, todas as relações ocorridas e a emoções envolvidas, pessoas excluídas e incluídas, e acolhe tudo como também sendo dele. E a esposa também procede da mesma maneira. Não são duas pessoas se reconciliando. São dois sistemas se transformando em um, que dará continuidade nos filhos deste casal. Harmonia entre casal significa harmonia entre sistema. 
 
 
alex possato

 

PROCEDIMENTO

A Constelação Familiar consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema que produz limitação na vida dele. Em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida dele e dos membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, separações, excluídos, doenças, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos. O procedimento pode ser feito de forma Individual ou em grupo.

 

Grupo:

Com base nas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre os participantes do grupo pessoas para representar membros de sua família e para ele mesmo, de preferência pessoas que não sejam de sua convivência. Estes representantes são dispostos no espaço de trabalho da forma como o cliente sente que se apresentam as relações. Em seguida, os representantes sentem reações corporais como se fossem as das pessoas que estão representando. Guiado pelas reações dos representantes, pela disposição no campo, o constelador faz as intervenções a fim de diminuir as tensões que se apresentaram no campo da constelação. Assim se chega a uma imagem de solução onde todos os representantes se sintam dentro do campo da constelação. Esta imagem solução faz um efeito no cliente que se estende ao longo de um tempo após da Constelação. Esse efeito inclui mudanças de comportamento, sentimentos indesejados que desaparecem, compreensões que vão alem da razão, dentre outras.

Individual:

​O terapeuta solicita ao cliente que distribua sobre o campo de trabalho os representantes que serão bonecos próprios para esse tipo de trabalho, dando continuidade como descrito acima. Os vínculos entre os membros de uma família são transmitidos de uma geração para outra e são apresentados no campo morfogenéticos do cliente (campo familiar do cliente) onde o constelador (terapeuta) observa o efeito que esses vínculos têm sobre os membros da família. A solução possível para cada caso é apresentada pelo próprio campo e o constelador segue isso.

A ESPIRITUALIDADE NO CAMPO SISTÊMICO 

Constelação Familiar é uma abordagem da Terapia Familiar Sistêmica criada por Bert Hellinger. O principal objetivo dessa terapia é investigar e trabalhar as relações interpessoais de um determinado sistema familiar. Diferencia-se das outras modalidades de psicoterapia por concentrar-se nos sentimentos presentes nos vínculos e não nos sentimentos isoladamente. Na construção de uma Constelação Familiar o que entra em foco são os fatos significativos que marcaram determinada família e não o que cada um de seus membros pensa, sente ou faz. Por exemplo: a separação ou a exclusão de um dos familiares, os problemas no parto ou na gestação, as injustiças, as doenças graves, os crimes, a morte ou as tragédias ocorridas na família. Quando se inicia uma constelação pede-se à pessoa cujo sistema familiar está sendo trabalhado que apenas relate acontecimentos externos e significativos para a dinâmica familiar. O objetivo é promover o esclarecimento do desequilíbrio socio-familiar. Isso gera como conseqüência o equilíbrio psicológico em cada membro do sistema em questão. Hellinger, estudando os padrões de vinculação dos membros de determinadas famílias, identificou um fenômeno curioso que chamou de emaranhamento. Concluiu que os emaranhamentos podem determinar atitudes ou influenciar negativamente o comportamento dos descendentes de uma família, mesmo que essas pessoas não estejam vinculadas aos antepassados envolvidos na origem do problema. Foi para desfazer os emaranhamentos que Hellinger desenvolveu essa técnica. Na constelação é trabalhado o sistema familiar,  vínculos existentes e emaranhamentos entre os membros da família. Ele descobriu que os sistemas se movimentam seguindo padrões e estabelecendo prioridades específicas. Chamou esse ordenamento de Ordens do Amor. Ele acredita que o amor é cego: tanto pode curar quanto adoecer as pessoas. Mas, de um modo ou de outro, o amor sempre está presente nas relações familiares.

Autor: Psicólogo Jadir Lessas. 

SOLUÇÕES PARA AS EMPRESAS

 

As organizações e as empresas deparam-se com diversos problemas: a empresa não se desenvolve, clientes desaparecem, não se conseguem inovar os produtos, funcionários estão em permanente conflito, a fusão de empresas não deixa o negócio crescer, funcionários despedem-se sem razão aparente, etc. Uma análise racional pode fornecer pistas e partes do problema, mas nunca a visão geral. O êxito deste método em empresas como a Daimler-Chrysler, IBM e BMW contribuiu para um crescente interesse desta metodologia em toda a Europa. Os recentes desenvolvimentos nesta área têm levado à descoberta de novas formas de análise de como as organizações evoluem e se desenvolvem com sucesso.

 

Através de uma utilização habilidosa das constelações organizacionais, conseguem-se descobrir dinâmicas escondidas que se encontram em funcionamento nas empresas. Isto é feito de tal maneira que, duma forma simples e directa, é reconhecido por todos os que trabalham nessa organização. Problemas complexos, como a estrutura organizacional, a liderança ou o reconhecimento apropriado e genuíno dos funcionários, podem ter soluções muito simples. Empresários e consultores estão-se a tornar cada vez mais curiosos e intrigados com as soluções encontradas, sempre que são utilizadas as constelações e o pensamento sistêmico.

As soluções encontradas com representantes “reais” têm mais força e impacto, mas esta abordagem mais privada é muito interessante como diagnóstico e de início de trabalho ou quando as circunstâncias assim o exigem. Qualquer pessoa numa posição de responsabilidade, na indústria, comércio, serviços ou governo, numa organização de saúde ou educacional pode beneficiar-se desta metodologia e encontrar boas soluções em muito pouco tempo.

NENHUM MEMBRO DA FAMILIA PODE SER  EXCLUÍDO

A dinâmica fundamental num sistema familiar é que todos os membros têm um direito igual de pertencer e não é tolerado ferir. Sempre que alguém num sistema familiar é excluído, gera-se uma necessidade de compensação. Esta dinâmica de compensação leva a que o membro excluído ou desdenhado seja representado por um membro mais novo da família, que está inconsciente de, e sem poder fazer nada contra essa identificação.

Por exemplo, um homem casado apaixona-se por outra mulher e diz à sua esposa que não quer ter mais nada com ela. Inventa razões superficiais e caprichosas para justificar as suas acções, compondo a injustiça feita à sua esposa. Mais tarde teve filhos com a sua nova companheira, mas a sua filha enfrenta-o por nenhuma razão aparente. Verifica-se que a filha representa inconscientemente a sua primeira esposa e sente pelo pai o mesmo ódio que a sua primeira esposa deve ter sentido, mesmo não sabendo da existência da primeira mulher. Nisto, podemos ver o trabalho de uma invisível e sistemática força compensatória, vingando a injustiça feita ao anterior membro através da utilização inconsciente de um membro mais novo.

Muito sérias disfunções em distúrbios no comportamento familiar nas crianças, mas também as doenças, tendência a acidentes e comportamentos suicidas ocorrem quando as crianças representam inconscientemente uma pessoa excluída para satisfazer a necessidade de restituição dessa pessoa. Isto mostra uma segunda característica da consciência do sistema familiar. Assegura justiça para os membros mais antigos e causa injustiça para os mais novos.

 

Bert Hellinger

 

A TERAPIA DO AMOR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Constelação Familiar, técnica terapêutica criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão), onde reconstruímos emocionalmente a nossa árvore genealógica, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família. Muitas das dificuldades pessoais, problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que viveu no passado, de nossa própria família sem estar consciente disto e sem querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.Cada ser humano carrega em si todas as informações sobre as vidas de seus antecessores, tanto mental quanto fisicamente. É o que chamamos de patrimônio e é impresso nas profundezas do nosso ser, em nossos genes e no inconsciente coletivo de nossa família e isso é transmitido de geração em geração. Também é herdado: o caráter (bom ou mau), certos gostos, tendências e comprometimento, assim como estados depressivos, neuróticos, psicóticos ou obsessivos que caracterizaram alguns dos antepassados. Estamos ligados a características e destino de muitas pessoas que nos antecederam. Somos uma alma que é parte integrante de uma história que é herdada de geração em geração; e que marca cada ser humano de forma particular. Todas essas informações sobre a nossa história familiar estão ativas no sistema, quer saibamos ou não. A história da nossa familia está impressa em nossas células levando a uma ordem que permite que a vida flua através de nós. Esta ordem vai se traduzir em qualidades. Mas nós também herdamos os conflitos não resolvidos que foram gerados dentro de nossas famílias, devido a fatores tais como:

 

* Disputas por heranças

* Separações traumáticas

* Imigração para outros países

* Acidentes fatais

* A exclusão de membros da família

* Alteração da hierarquia dentro da família

* Segredos de Família, traição, filhos não reconhecidos, criminalidade, etc.

* A violência intra e extra-familiar (guerras, assassinatos, suicídios, disputas de poder)

* Perda trágica de entes queridos

* Abortos espontâneos e provocados

 

Para que a terapia tenha êxito, as informações citadas acima sobre o sistema familiar devem ser fornecidas ao facilitador ou terapeuta. Identificando as desordens, exclusões, tragédias e grandes perdas, ele poderá atuar de forma direta proporcionando alívio e liberação ao cliente e ao seu sistema familiar.

 

A terapia de Constelações Familiares utiliza vários recursos:

a) Terapia Individual - Na consulta individual de consultório, as Constelações Familiares utilizam figuras como recursos terapêuticos que ajudam no diagnóstico, intervenção e tratamento dos mais variados problemas de saúde, relacionamento afetivo, desenvolvimento profissional, etc.

b) Genograma - Através da representação simbólica (desenhos, figuras, fotos) da família de origem ou atual, o cliente visualiza padrões repetitivos e fatores externos que interligam relacionamentos e emaranhados familiares. Este recurso pode ser usado para identificar padrões de comportamento e reconhecer tendências hereditárias.

c) Constelação Interior – O terapeuta conduz o cliente numa meditação onde vivencia seus temas com imagens cheias de sentimentos, recordações e valores pessoais, traz a luz temas transgeracionais e modelos relacionais que podem mostrar a importância do pertencimento e da vida em família e grupos. Como recurso terapêutico sistêmico, cria infinitas possibilidades de resignificar imagens internas e a cura dos relacionamentos.

d) Terapia de Grupo – O cliente participa do grupo trazendo um tema pessoal para ser trabalhado (Constelar) ou assistir ao workshop estando disponível para representar em alguma constelação. Cada tema è “representado” por pessoas que entram em contato com a memória do cliente que colocou o tema, proporcionando liberação e fortes emoções ao sistema familiar.e)

 

Visualização e Meditação - Dessa forma o facilitador e o cliente interagem com as imagens internas do tema em questão. O cliente fecha os olhos e logo imagina estar diante da mãe, do pai, e outros membros da família. O facilitador conduz o encontro com frases curativas que atuam e liberam o sistema.

 

 

Relacionamentos violentos tendem a ser a repetição da violência vivenciada na infância

 

Robin Norwood, em seu livro Meditações diárias para mulheres que amam demais, que aborda o comportamento viciado, compulsivo e destrutivo, a dependência afetiva (quase uma dependência química, ou o que também podemos chamar de co-dependência) de mulheres que se envolvem em relacionamentos “perigosos” onde o parceiro está indisponível para elas e relacionamentos que envolvem sempre um grande sofrimento.“Mulheres que viveram em lares violentos tendem a escolher parceiros violentos, mulheres que conviveram com o alcoolismo tendem as escolher parceiros dependentes químicos, e assim por diante. Uma dinâmica sempre presente na relação dependente é o impulso inconsciente para reviver a luta do passado, e agora para vencer”.

 

Na perspectiva das Constelações Familiares, vemos também a repetição do padrão de sofrimento como a reprodução de um hábito inconsciente, trans-geracionalmente Aqui nos deparamos com as forças da hierarquia e do equilíbrio, que atuam em todos os sistemas. O pequeno, porque recebeu demais, sente que precisa retribuir a qualquer custo, tornando-se o grande na família, cuidando desesperadamente dos pais, com uma responsabilidade que não lhe cabe. Mães (e também pais) que viveram em lares violentos, tendem a se identificar com o excluído da família (o agressor ou a vítima – e algumas vezes com os dois), o que leva a pessoa a reproduzir a mesma dinâmica, entre vítima e agressor.

 

http://analuciabragaconstelacao.com.br/blog/

bottom of page